O café é produzido em mais de 70 países, sendo o Brasil o maior produtor e exportador. Estima-se que sejam cerca de 25 milhões de cafeicultores no mundo. Na safra passada a produção global de café foi de 168 milhões e consumo em 169 milhões de sacas de 60kg.

Segundo um estudo feito pelo Departamento de Economia Agrícola e de Recursos da Universidade da Califórnia, em Davis (UCDAvis), nos Estados Unidos, com a colaboração da OIC, entre 2016 e 2019, a mão de obra representa a maior parcela dos custos na cafeicultura. O número varia de acordo com a região e o país.

Na Colômbia, o terceiro maior produtor de café do mundo, a topografia montanhosa e o cultivo de café em áreas inclinadas dificultam muito a colheita mecânica e os trabalhos de cultivo. Isso eleva os custos em 75%. 

Na Costa Rica mais de 80% da área em produção fica em elevações que atingem os 1,600 metros. Com cerca de 92% dos cafeicultores considerados pequenos produtores, o impacto nos custos de produção é de 57%

No Vietnã, que produz o café mais caro do mundo e é o maior exportador da variedade robusta e está em segundo lugar na produção mundial, o cinturão do café está em planícies mas três quartos da área dependem de colheita manual. A escassez de mão-de-obra no país levou ao aumento do custo da produção de café.

Já o Brasil é líder em colheita mecanizada, com colheitadeiras automotrizes. A colheita mecanizada representa cerca de 5 a10% do custo total. Já a colheita manual representou cerca de 30 a 42% das despesas totais de produção nas lavouras assim colhidas no país.

Mesmo com avanço de tecnologias a Organização Internacional do Café acredita que é improvável que a colheita seja completamente mecanizada até 2050, ao se referir a outras regiões produtoras. “Os baixos custos de mão de obra em alguns países, como os do continente africano, bem como a topografia desfavorável, podem limitar a adoção de máquinas para a colheita”, destaca Christoph Saenger, economista sênior da entidade.

Fonte: Agrolink